Clima de São Paulo
O clima predominante no estado de São Paulo é o Tropical, havendo variações nas porções mais elevadas do território (Tropical de Altitude) e também nas áreas litorâneas (Tropical Atlântico).
No geral, os invernos são mais amenos e os verões são quentes. As temperaturas médias no estado ficam entre 18 ºC e 22 ºC, sendo a região oeste consideravelmente mais quente do que as terras mais elevadas e a leste. Os invernos tendem a ser secos na maior parte de São Paulo, e no verão, há a estação chuvosa. O volume anual de chuvas supera os 2000 mm no litoral, enquanto varia de 1500 mm, nas áreas centrais, até 1000 mm ou menos, nas cidades a oeste.
Relevo de São Paulo
O relevo paulista é formado por planaltos e depressões, concentrando as maiores elevações na porção oriental do território, próximo do litoral. As médias altimétricas variam na faixa dos 300 m aos 900 m.
Segundo a classificação proposta por Jurandyr Ross, o relevo paulista pode ser dividido em três unidades morfológicas. A primeira, que se estende pelo oeste, corresponde aos Planaltos e Chapadas da Bacia do Paraná. Abrangendo a faixa central do estado de norte a sul, temos a Depressão Periférica da Borda Leste da Bacia do Paraná. A oeste dessa unidade, estão situados os Planaltos e Serras de Leste-Sudeste.
As principais elevações do estado são as serras do Mar e da Mantiqueira, situadas a leste. Fica na Mantiqueira o pico dos Marins, com 2420 metros. Na divisa com o Rio de Janeiro, fica a pedra da Mina, a 2798 metros de altitude.
Vegetação de São Paulo
As formações vegetais características do Cerrado (32,7% da área estadual) e da Mata Atlântica (67,3%) recobrem o estado, enquanto no litoral são encontrados mangues e restingas, além das formações pioneiras nas áreas úmidas tanto da costa quando das zonas fluviais.
Hidrografia de São Paulo
O sistema de drenagem de São Paulo está dividido entre as bacias hidrográficas do Paraná e do Atlântico Sudeste. O rio Tietê é o principal do estado, atravessando-o de noroeste a sudeste. Outros importantes rios são o Grande, Paraíba do Sul, Paranapanema, Mogi Guaçu, Piracicaba e Ribeira do Iguape.
Demografia de São Paulo
O estado de São Paulo é o mais populoso do Brasil. De acordo com as estimativas do IBGE para 2020, a população paulista é de 46.289.333 pessoas, valor equivalente a 21,9% da população brasileira. A densidade demográfica do estado era de 166,23 hab./km² à época do Censo de 2010. Atualmente esse valor chega a 186,48 hab./km², tendo em vista que São Paulo ganhou mais de cinco milhões de habitantes em uma década.
A taxa de urbanização do estado é de 95,9%. A cidade de São Paulo é seu município mais populoso e também a maior capital do país, reunindo hoje 12.325.232 habitantes. Outros dois municípios possuem população acima de um milhão de habitantes: Guarulhos, na Região Metropolitana de São Paulo, e Campinas. Destacam-se, ainda, São José dos Campos, São Bernardo do Campo e Santo André.
A população do estado vem passando por um gradual processo de envelhecimento, caracterizado pelo aumento do número de pessoas com 65 anos ou mais e pela redução dos habitantes com menos de 15 anos. A expectativa de vida ao nascer é de 78,9 anos, conforme o IBGE.
Divisão geográfica de São Paulo
O estado de São Paulo é composto por 645 municípios. O IBGE agrupa essas unidades territoriais em 53 regiões geográficas imediatas, as quais se subdividem em 11 regiões intermediárias:
São Paulo, Sorocaba, Bauru, Marília, Presidente Prudente, Araçatuba, São José do Rio Preto, Ribeirão Preto, Araraquara, Campinas e São José dos Campos
Economia de São Paulo
O Produto Interno Bruto (PIB) de São Paulo é o maior entre as unidades federativas brasileiras. De acordo com o IBGE, o PIB paulista é de R$ 2,21 trilhões, valor que corresponde a cerca de 31,6% do PIB do Brasil. É o único estado a registrar um valor que ultrapassa a casa dos bilhões de reais.
O setor terciário lidera a economia de São Paulo, com maior participação referente ao comércio e às atividades relacionadas ao setor financeiro, de seguros e outras inclusas no mesmo ramo. Uma parcela de 67,48% do PIB do estado é oriunda desse setor, com exceção da administração pública, conforme indicam os dados do IBGE.
A indústria do estado é bastante ampla e diversificada, composta por uma série de polos industriais bem distribuídos espacialmente e que são especializados em setores variados, como a produção sucroalcooleira, aeroespacial, automotiva, de couros e calçados, química e petroquímica, têxtil, de fármacos, e de alimentos e bebidas.
A agropecuária é responsável por uma fatia muito pequena do PIB, embora suas atividades integrem algumas das mais importantes cadeias produtivas do estado. Destacam-se nesse setor os cultivos de cana-de-açúcar, café, algodão, milho, soja e frutas, como a laranja, além dos rebanhos bovinos e da produção de carne e leite.
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Governo de São Paulo
São Paulo é uma democracia representativa, o que significa que a população elege os seus governantes periodicamente, a cada quatro anos, por meio das eleições estaduais. O chefe do Poder Executivo é o governador. O Legislativo é representado por três senadores, 70 deputados federais e 94 deputados estaduais.
Infraestrutura de São Paulo
O transporte rodoviário é o principal modal utilizado para o deslocamento de pessoas e cargas em São Paulo. O estado possui uma densa rede rodoviária de 37 mil km, contabilizando as estradas federais e estaduais. Entre as vias federais que cruzam o território paulista estão: um trecho da BR-050 conhecido como Rodovia Anhanguera (SP-030), BR-101, BR-116, BR-153, BR-364 e outras.
A malha ferroviária paulista é importante para o transporte de cargas derivadas, principalmente, do setor primário exportador, fazendo a conexão das áreas produtoras com outros modais, como a Hidrovia Tietê-Paraná, e com os portos tanto em São Paulo quanto em estados vizinhos. O Porto de Santos, localizado no litoral paulista, é atualmente a principal via de exportação nacional e um dos maiores complexos portuários da América Latina.
Ficam na região metropolitana de São Paulo e na cidade de Campinas, no interior do estado, três dos maiores aeroportos de São Paulo, que são, respectivamente, Guarulhos, na cidade de mesmo nome, Congonhas, na capital, e Viracopos.
Cultura de São Paulo
A cultura de São Paulo é bastante plural, o que se deve à sua composição populacional diversa. Encontram-se aspectos derivados das populações indígenas, africanas, europeias e de vários outros locais do mundo. Vivem atualmente em São Paulo mais de três milhões de imigrantes que vieram de outras regiões do país e diversas nações, contribuindo de maneira direta para a diversidade cultural observada no estado.
Acontecem anualmente uma série de festas regionais e celebrações de cunho folclórico e religioso, como as Festas Juninas, Folia de Reis, Festa do Divino, Festa de Nossa Senhora Aparecida e outras. Na capital, a Virada Cultural se tornou fixa no calendário de eventos e reúne diversas apresentações em vários espaços da cidade.
O artesanato, além de uma manifestação cultural que expressa a identidade de um determinado grupo, tornou-se uma importante fonte de renda em diversas áreas do estado. Destacam-se a cerâmica, as esculturas feitas em madeira, os crochês, os trançados diversos característicos do Vale do Paraíba, e diversos outros trabalhos que utilizam matérias-primas naturais.
O prato tradicional do estado é o famoso virado à paulista.
Culinária
A culinária do Estado de São Paulo se desenvolveu, principalmente, no período de povoamento da capital, entre os séculos XVI e XVII. Os pratos trazem produtos facilmente encontrados na terra, como o milho e o trigo.
Durante a colonização, os bandeirantes aderiram também aos hábitos dos índios, por motivos de sobrevivência. A farinha de mandioca já era parte da alimentação, por resistir a longas expedições.
As regiões do estado apresentam também diferentes costumes. No litoral, os elementos da cultura portuguesa, como bolinhos e ensopados, são predominantes. Já no interior, a culinária tem mais traços da tradição dos tropeiros e os pratos levam mandioca frita e feijão gordo, por exemplo. Entre os pratos populares, estão o virado e o cuscuz-paulista. Na capital, o bauru, o lanche de mortadela, a coxinha, beirute, entre outros.
O Bolinho Caipira é um salgado bem popular na região do Vale do Paraíba
Os principais pratos da culinária tradicional paulista
O Feijão Tropeiro é um prato típico paulista, mas também é bastante disseminado em Minas Gerais, principalmente no sul do estado.
São Paulo por ser o precursor da cultura caipira, é também berço da Culinária Caipira, que é um conjunto de pratos típicos do interior de São Paulo e da Paulistânia. Com a partida dos bandeirantes paulistas no desbravamento do sertão do Brasil, disseminou-se o que conhecemos hoje como cultura caipira por diversos estados, estes Bandeirantes isolaram-se em roças levando consigo estes pratos tradicionais, tornando-se os atuais pratos caipiras que conhecemos hoje, ajudando a enriquecer ainda mais a culinária de estados que fazem parte da cultura caipira.
O sociólogo Antônio Candido destaca todo o eixo de expansão e difusão da cultura bandeirante como Paulistânia. Nos primórdios eram feitos no fogo de chão na trempe, o fogão dos tropeiros, onde as panelas ficavam apoiadas em pedras em formato de triângulo ou penduradas em uma armação de três varas em estilo tripé por cima do fogo e que podiam ser de ferro ou de pau verde, e às vezes no chamado tucuruva, um fogão improvisado no meio do cupinzeiro, com o passar dos tempos ganhou altura e formato no que é hoje o tradicional fogão a lenha, onde normalmente é feita a maioria dos pratos típicos.
A caipirinha é uma bebida típica paulista, criada por fazendeiros latifundiários na região de Piracicaba.
Destacam-se os principais pratos:
• Afogado
• Angu
• Bauru
• Beirute
• Bife à parmegiana
• Bolinho Caipira
• Bolinho de chuva
• Buraco Quente
• Cabidela miúda
• Café Coado
• Café Tropeiro
• Caipirinha
• Coxinha
• Curau
• Cuscuz-paulista
• Doce de bananinha
• Espeto de rojão
• Farofa de Içá
• Feijão Tropeiro
• Furrundum
• Galinhada
• Leitão à Pururuca
• Linguiça Bragantina
• Paçoca de amendoim
• Pamonha
• Pé de moleque
• Quentão
• Rosquinhas de pinga
• Taiada
• Torta holandesa
• Vaca Atolada
• Virado à paulista
O Virado à Paulista começou a ser feito na época da colonização.
O prato é preparado com feijão cozido e refogado em cebola, alho e gordura, mexido com farinha de milho ou mandioca. Pode variar entre bisteca e costeleta suína frita. Acompanha banana empanada, ovo, couve, torresmo e arroz.
Tutu de feijão
Para fazer o tutu, o feijão deve ser cozido, refogado e engrossado com farinha de mandioca ou de milho.
Na capital
A capital do estado tem sua própria diversificação na culinária e os bairros se dividem em diferentes heranças gastronômicas. Na Liberdade, a culinária oriental é predominante, e no Bixiga, a culinária italiana. Entre as comidas imperdíveis, estão o sanduíche de mortadela do Mercadão e o lanche de pernil do Estadão.
Bauru
O Bauru foi criado na capital, mas é comido em todo o estado.
O lanche foi inventado e popularizado em um restaurante da capital, o Ponto Chic. Originalmente, contém pão francês, rosbife, tomate, picles e queijos derretidos.
Beirute
Criado em 1951 no Jardim Paulista o sanduíche é composto por pão sírio, queijo muçarela, zatar, rosbife e tomate. Essa receita acabou sendo alterada em diversos lugares.